top of page

Aceitar emoções não significa aceitar comportamentos



Persiste ainda a ideia, profundamente enraizada, de que, perante o "mau comportamento" e descontrolo da criança, se não formos suficientemente firmes, duros e inflexíveis, estaremos a ser permissivos e a transmitir-lhe a mensagem de que essa é uma forma aceitável de se comportar, de reagir, de lidar com as adversidades. Quando educamos nesta base, por muito que achemos que estamos a impor limites, estamos, antes, a falar de repressão de emoções e de manipulação de comportamentos.

O "mau comportamento" é apenas um sintoma Por trás de todo o "mau comportamento" existe uma avalanche de emoções que a criança não sabe/não consegue gerir e muito menos compreender. Não são as ameaças, as punições, os olhares reprovadores e as palavras duras que irão ajudar a criança a adotar um comportamento mais ajustado - e caso pareça que essas abordagens surtiram efeito, terá sido através do medo, da repressão e de duros golpes na auto-estima da criança, que continuará despida e recursos de regulação emocional.

Para que o comportamento se altere, primeiro, cuidemos das emoções

Pais, não tenham medo de levar às vossas crianças a calma, o exemplo, a empatia e a compreensão de que elas necessitam. Nos piores momentos, é disso que elas mais precisam - não somente para se acalmarem no imediato, mas, sobretudo, para aprenderem a lidar com as próprias emoções, pela vida fora. Quando aceitamos as emoções dos nossos filhos, não estamos a dizer que todas as manifestações são aceitáveis - estamos, sim, a abrir caminho para desenvolver a inteligência emocional da criança, encontrando alternativas mais positivas de lidar com as emoções intensas, que não passem pelas reações descontroladas.

Vamos mostrar às nossas crianças que existem outras formas de lidar com as emoções, em segurança?

0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page